Motorista que jogou cão no caminhão de lixo é afastado

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Atropelado, com as patas quebradas e jogado ainda vivo dentro de um triturador de caminhão de lixo. Uma cena de terror que chocou pessoas do Brasil todo. O cãozinho que atravessava uma rua do pacato bairro Dutra, na cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas, foi brutalmente assassinado pelo motorista do caminhão Jadson James França dos Santos que, segundo a empresa coletora de lixo contratada pela prefeitura, afastou o funcionário e deve demití-lo. Jadson, após atropelar o cão, parou o caminhão, amarrou-o pelo pescoço, arrastou-o até o veículo e lançou-o para dentro do triturador. Difícil acreditar que algo assim ainda aconteça em pleno século XXI, mas é real. O fato só veio à tona porque as câmeras de um portal residencial captaram a atrocidade do começo ao fim.
A Secretaria de Meio Ambiente fez boletim de ocorrência e multou o motorista em R$ 3 mil, multa da qual ele pode recorrer (veja mais detalhes neste link). Segundo alguns relatos nas redes sociais do Amazonas, Jadson teria dito que “bicho é bicho e gente é gente”, sem esboçar qualquer arrependimento pelo ato.
O deputado estadual Feliciano Filho enviou ofício ao Procurador Geral de Justiça do Estado do Amazonas solicitando imediata punição do motorista. “Não consigo esquecer o olhar do cachorrinho sendo arrastado já com as pernas quebradas. É um caso gravíssimo que exige punição na esfera criminal e também a exoneração dele dos serviços públicos. Além disso, sugeri no ofício a criação de um Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais nos mesmos moldes do órgão criado em 2010 em SP”.
Embora esse tipo de barbárie choque grande parte das pessoas, não é incomum. Um ano atrás, a ANDA publicou uma notícia estarrecedora. A “Operação Limpa Salina Cruz”, uma cidade turistica na costa do México, consistia em recolher cães vivos das ruas e atirá-los nas caçambas dos caminhões de lixo. Supostamente a ordem partiu do então prefeito Gerardo Garcia Henestroza, que determinou que animais errantes fossem triturados vivos.
Atrocidades como essas e de outras modalidades (animais enterrados vivos, mortos a machadadas ou facadas, degolados, torturados, queimados, arrastados por veículos, acorrentados sem comida nem água, etc) continuam ocorrendo em diversas partes do mundo com a diferença que, de uns tempos para cá, muita gente tem se mobilizado no sentido de denunciar tais atos, pedir justiça, exigir leis mais rígidas e resgatar vítimas. Estabeleceu-se e vem se intensificando um nítido conflito entre, digamos, o Bem e o Mal. Uma guerra aberta, cotidiana, em que todo cidadão está envolvido de alguma maneira, se não for diretamente, de forma indireta, geralmente por meio de um parente, vizinho ou colega de trabalho. Quem hoje em dia não socorre, denuncia ou conhece alguém que pratica essas boas ações?