Estado Islâmico decapita e queima crianças vivas, diz ONU

Relatório da ONU, afirma que os rebeldes extremistas "crucificam", "decapitam" e "sepultam vivas" as crianças detidas

O grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) assassina, tortura e violenta sistematicamente crianças, famílias e grupos minoritários no Iraque, de acordo com uma denúncia apresentada nesta quinta-feira (5) em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento, lido em Genebra, afirma que os rebeldes extremistas "crucificam", "decapitam" e "sepultam vivas" as crianças detidas.
O Estado Islâmico, grupo jihadista, ficou conhecido pela brutalidade que tratam suas vítimas
AP
O Estado Islâmico, grupo jihadista, ficou conhecido pela brutalidade que tratam suas vítimas
O relatório afirma que há registros de "casos de execução em massa de crianças, assim como notícias de decapitações, crucificações e enterros de crianças vivas". Diante das evidências, o Comitê das Nações Unidas para os Direitos das Crianças lançou um apelo para que as forças do governo iraquiano se empenhem na proteção de menores de idade e de grupos familiares.
"O Iraque deve tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança e a proteção das crianças e de seus parentes", disse a agência da ONU. O Estado Islâmico ficou mundialmente famoso pela brutalidade com que lida com seus reféns, adotando práticas de tortura e decapitações.
Recentemente, o grupo assassinou dois reféns japoneses e queimou um jordaniano. Formado em abril de 2013 a partir da Al-Qaeda do Iraque, o grupo jihadista Estado Islâmico age no Iraque e na Síria. Ainda não está claro o tamanho exato do grupo, mas especialistas falam em milhares de membros, incluindo estrangeiros. Correspondentes afirmam que o grupo pode estar superando a Al-Qaeda e já é considerado o mais perigoso movimento jihadista do mundo.